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21 de out. de 2010
14 de out. de 2010
NOSSO POMAR
Parte 1
Desde os tempos mais remotos os nossos ancestrais ocidentais utilizam esse período do ano para iniciar o plantio, organizando-se pelo calendário lunar. Recebemos de herança laços fortes com a mãe Natureza e intenso amor e respeito pelas árvores, como representantes maiores da imensa riqueza natural que possuímos. No dia 21 de setembro, data que prenuncia oficialmente a chegada da primavera no hemisfério sul, nós, do Haras Acuruí, confirmamos esse carinho e respeito, iniciando o plantio de 1000 unidades de espécies nativas, além de um pomar cuidadosamente planejado.
Tudo começou com um grande desejo de "por a mão na terra" e reestabelecer um contato direto com a natureza que foi se esvaindo em meio às inúmeras atividades de caráter mercantil, industrial, financeiro e cultural do sistema urbano em que estamos inseridos.
Primeiramente, procuramos uma instituição séria e competente para nortear nosso trabalho. Escolhemos a Ufla (Universidade Federal de Lavras) que, entre outros programas ligados à agropecuária, oferece um dedicado ao cultivo de pomar doméstico. Passamos por alguns meses de estudo que culminaram em um encontro presencial no qual praticamos e esclarecemos nossas dúvidas.
Escolhemos um lugar próximo a sede, resguardado da passagem de pessoas, animais e ventos fortes, mas, de fácil acesso, com disponibilidade de água de boa qualidade, de solo profundo e não pedregoso.
Enquanto assimilávamos os conhecimentos necessários para a implantação do pomar, escolhemos um local adequado, coletamos amostras do solo e mandamos analisar. Para nossa grande surpresa, o solo estava pronto, não precisava de correção, então, iniciamos a limpeza do local.
A declividade do terreno é pequena, optamos, então, pelo sistema de plantio em quadrado, que facilitará os tratos culturais e o plantio de um maior número de frutíferas por área. Partimos, então, para a abertura das covas, mas antes providenciamos:
- Planta baixa do pomar;
- 200 estacas de bambu de 80 cm à 1 metro;
- Rolos de barbante;
- Fertilizantes.
Marcamos as linhas das valas das covas com barbante e começamos a abrir as covas (50cm x 50cm x 50cm) em duas etapas. Na primeira etapa separamos a terra de superfície do lado direito. Na segunda etapa, a terra profunda do lado esquerdo.
Imagem 1 : Planta baixa do pomar indicando as marcações das covas. |
A terra de superfície, do lado direito, foi misturada com as adubações orgânica e mineral. Em cada cova colocamos:
- 14 kg de adubo orgânico, utilizamos esterco de galinha curtido e
- adubo químico, composta por: 500 gramas de superfostato simples, 150 gramas de cloreto de potássio, 10 gramas de ácido bórico e 10 gramas de sulfato de zinco.
Imagem 2 : Preparo de uma das covas. |
O sucesso do pomar dependerá de muitos fatores, entretanto, a escolha de boas mudas é fundamental. Precisamos procurar viveiristas credenciados e comprar mudas fiscalizadas, para que o pomar tenha uma vida longa com grande produção de frutos de boa qualidade.
- Na próxima matéria falaremos sobre a aquisição das mudas e as características e propriedades das frutíferas selecionadas para o pomar do Haras Acuruí.
Imagem 3 : Planta baixa do pomar, contendo as localizações das covas das frutíferas separadas em grupos de espécies: cítricas, temperadas e subtropicais, tropicais, nativas e exóticas. FRUTÍFERAS POR FILEIRAS
CERCAS VIVAS
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11 de ago. de 2010
Sobre o Mangalarga Marchador
A valorização da raça mangalarga marchador tem como principal explicação o fato do animal ser um exímio marchador. São animais que além de serem facilmente conduzidos, propiciam aos cavaleiros comodidade e conforto na montaria. São ativos, dóceis e adaptam-se com facilidade às diversas condições climáticas.
O animal mangalarga marchador apresenta dois tipos de marcha: batida e picada. Os tempos de apoio lateral, os tempos de tríplice apoio e a frequência são maiores na marcha picada. No Sudeste brasileiro, os criadores preferem os animais de marcha batida, enquanto no Nordeste a preferência é pela marcha picada.
Quando se leva em conta a morfologia o mangalarga marchador apresenta um conjunto de frente leve em estrutura forte, com troncos e membros robustos e com boa correção de aprumo.
A raça mangalarga marchador surgiu há cerca de 200 anos no Sul de Minas. Na época, os criadores mineiros cruzaram a raça portuguesa Alter com cavalos nacionais selecionados. Os novos cavalos tiveram como berço a fazenda Campo Alegre, que pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça.
Há uma versão aceita que justifica a denominação da raça. Mangalarga era o nome de uma fazenda, em Paratí, no Rio de Janeiro. Pois bem, o proprietário dessa fazenda adquiriu vários animais, da família Junqueira, que foram utilizados para passeio e passaram a despertar o interesse dos compradores. Estes homens, ao chegarem nas fazendas do Sul de Minas, referiam-se aos animais como os "cavalos da fazenda Mangalarga". Já o segundo nome - marchador - veio da habilidade do animal de marchar em vez de trotar. Assim, o animal passou a ser conhecido como o Mangalarga Marchador.
Patrícia Rocha
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