11 de ago. de 2010

Sobre o Mangalarga Marchador

A valorização da raça mangalarga marchador tem como principal explicação o fato do animal ser um exímio marchador. São animais que além de serem facilmente conduzidos, propiciam aos cavaleiros comodidade e conforto na montaria. São ativos, dóceis e adaptam-se com facilidade às diversas condições climáticas.


O animal mangalarga marchador apresenta dois tipos de marcha: batida e picada. Os tempos de apoio lateral, os tempos de tríplice apoio e a frequência são maiores na marcha picada. No Sudeste brasileiro, os criadores preferem os animais de marcha batida, enquanto no Nordeste a preferência é pela marcha picada.

Quando se leva em conta a morfologia o mangalarga marchador apresenta um conjunto de frente leve em estrutura forte, com troncos e membros robustos e com boa correção de aprumo.

A raça mangalarga marchador surgiu há cerca de 200 anos no Sul de Minas. Na época, os criadores mineiros cruzaram a raça portuguesa Alter com cavalos nacionais selecionados. Os novos cavalos tiveram como berço a fazenda Campo Alegre, que pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça.

Há uma versão aceita que justifica a denominação da raça. Mangalarga era o nome de uma fazenda, em Paratí, no Rio de Janeiro. Pois bem, o proprietário dessa fazenda adquiriu vários animais, da família Junqueira, que foram utilizados para passeio e passaram a despertar o interesse dos compradores. Estes homens, ao chegarem nas fazendas do Sul de Minas, referiam-se aos animais como os "cavalos da fazenda Mangalarga". Já o segundo nome - marchador - veio da habilidade do animal de marchar em vez de trotar. Assim, o animal passou a ser conhecido como o Mangalarga Marchador.

Patrícia Rocha